Todo mundo que é mãe sabe que tem horas que as crianças nos enlouquecem de tanto falar! Fazem perguntas sem parar, contam histórias infinitas justamente na hora que sentamos pra ver um programa que nos interessa, e chamam " oh, Mãããããããeeeeeeeeeeee!!" centenas de vezes por dia. No entanto, se passamos um diazinho se quer sem ouvir essa vozinha a nossa volta, nossa, como a casa fica vazia! Imaginem só conviver com esse silêncio pra sempre? Esse é o drama que Odele, mãe da menina Flávia vem sofrendo há 12 anos.
Conheci a história de Odele através da revista época e confesso que chorei de soluçar enquanto lia. Fiquei me imaginando sem mais ouvir a minha Milena ou o meu Junior pra sempre, me imaginei fitando um de meus filhos naquela vida vegetativa sem esperanças de volta eternamente. A menina Flávia sofreu um acidente em janeiro de 1998, na piscina do condomínio onde morava em São Paulo. Enquanto brincava com seu irmão e outros amigos, seu cabelo foi sugado pelo ralo da piscina o que a impediu de sair da água e causou seu afogamento. Ela se encontra desde então em estado de coma vigil, já em casa, sob vigilância incansável de Odele, sua mãe. Flávia tem poucas reações além do movimento de abrir e fechar de seus olhos. Ela não esboça nenhuma reação a nenhum tipo de estímulo e, mesmo de olhos abertos, se mostra completamente alheia a tudo o que se mostra a sua frente.
A história da menina Flávia e a luta de Odele por justiça mexeram muito comigo. Todo caso que envolve crianças acaba por nos emocionar, é claro, mas alguns, não sei bem porque, nos tocam mais ainda; assim como a menina Isabela, o menino João Hélio entre outros, também me deixou de coração apertado o caso da Flávia. Odele conseguiu organizar uma estrutura em sua casa capaz de dar a Flávia todo o tipo de atenção que ela precisa.Através do apoio de amigos e pessoas solidárias, além de recursos próprios, ela consegue proporcionar fisioterapias, órteses e tudo o mais que Flávia precisa.
Para dividir com o mundo sua história, além de lutar por um projeto de lei pedindo por segurança em piscinas, Odele criou um blog, Flávia, vivendo em coma, onde conta como tudo aconteceu e toda a sua luta até hoje. Recomendo entrarem lá e irem lá no comecinho do blog para ler desde o princípio como tudo aconteceu. Vamos prestar solidariedade para essa mãe forte e guerreira em busca de uma voz, se não mais pode ter a de sua filha, ao menos a da justiça...
Assinem, por favor, o abaixo-assinado online pelo projeto de lei por mais segurança nas piscinas:
Esse poema eu retirei de seu blog também. Que dor me deu ao lê-lo...
ACORDE....
Flavia, acorde Princesa,
O ano 2000 já chegou, e você nem notou,
Ausente que está nesse sono tão longo...
Já faz hoje dois anos...acorde, vem cá...
Sinto falta de ouvir pela casa seus passos,
E me angustia não mais receber seus abraços.
Vem filha, me explicar o que eu não entendo,
- POR QUE COM VOCÊ?!
Nessa sua viagem de sonho, você já deve ter
Se encontrado com Deus e com os anjos.
Eles já lhe disseram filha, POR QUE??
Por favor acorde e me diga, eu preciso entender..
Disseram querida, que sofrendo eu vou aprender,
Mas como posso aprender a ficar sem você?!
Como pode Princesa, alguém aprender pela dor?
Até onde sei, o AMOR é que deveria ensinar...
Eu te amo filha, por favor, use este amor
Para achar seu caminho de volta.
Siga meu amor como uma luz
Para você aprender a voltar
E eu estarei aqui filha, todos os dias
A te esperar, a te esperar, a te esperar....
Essa é a Flávia aos 9 anos, um pouco antes de sofrer o acidente que lhe tirou pra sempre esse sorriso lindo e o brilho de seus olhinhos.
Todo o drama da menina Flávia está aqui:
- Reportagem da Revista Época
- Odele em programa de TV
- Flávia vivendo em coma ( blog de Odele, mãe de Flávia )
18 comentários:
Eu não tenho filhos! Mas certamente a pior dor emocional que um ser humano pode passar é perder um filho, principalmente para a mãe!
Beijocas
oi...
fiquei comovida com esta história... com certeza vou visitar o blog...
passei pra desejar a vc um BOM DIA e uma semana MARAVILHOSA!!!!!
Que história triste né? Eu lembro que isso foi notícia em todos os lugares quando aconteceu.
Nossa! Que triste!
Fui lá no blog da mãe da menina.
Ela já está com 21 anos!!!
Que desespero deve ser pra essa mãe ver sua filha numa cama sem reação pra sempre...
Meu Deus... Não consigo nem imaginar...
Katia, meu anjo, COM ABSOLUTA CTZA estarei postando o mais breve possivel esta campanha em meu blog.
Estamos aqui pra fzer a diferenca, msm q seja pouca, kso contrario nao serviriamos pra nada.
Bjos e nao dou parabens pela iniciativa, pois fazemos mais do que nossa obrigacaum, naum eh msm?
Uma semana iluminada pra ti! =)
Eu lí essa reportagem e também fiquei muito emocionada....não tem como não ficar! e fiquei tb admirada com a força e a coragem dessa mulher.
Não quero nunca me maginar em uma situação dessas.
beijinhos
Dri
Nossa, que coisa mais tragica..sempre morri de medo de ralo de piscina, desde criança tinha pavor. Muita força pra essa mae. Bjs
Kátia, dei minha contribuição no abaixo-assinado.
É uma pena que tragédias tenham que acontecer para que problemas como esse sejam resolvidos.
Beeeeeijo
Que coisa absurdamente triste...
Oi
Eu ja fiquei triste com o bb que perdi na barriga, imagine...quem perde o filho um pouquinho mais velho!!
Aliás, perder um filho não é algo "natural"...
Dói qquer coração!!
bjs
Querida amiga.
Quando temos um filho a vida não mais nos pertence.
Assim em tudo o vemos, sentimos e queremos, só é importante com aquela vida que cresce a partir de nós, embora não nos pertença.
Por isso dores assim doem muito.
Mais que todas as dores.
Pois sabemos o que isso pode causar em nossas vidas e corações.
Semana de muitos sonhos para ti.
Sem palavras...
Bjos com carinho.
Kátia,
Não tendo filhos eu já fico arrepiada quando leio o blog dela, imagine quem tem!
Muito boa indicação, e sobretudo, muito importante pois daqui a pouco a gurizada está toda em casa...cuidado mães!
Beijos, querida.
Kátia,
Obrigada por sua visita e por seu comentário no blog de Flavia. E MUITO OBRIGADA por este post tão bonito, tão sensível. Que bom seria que mais pessoas seguissem o seu exemplo e divulgassem a petição por segurança nas piscinas. Muitas vidas poderiam ser salvas com uma lei, desde que seja aplicada com rigor. Com absoluta certeza eu digo que os acidentes com ralos de piscinas são mais comuns do que se pensa. Muitos desses acidentes estão documentados no blog de Flavia. Infelizmente nem todo mundo reclama, em parte por não acreditar em mudanças. Mas há que se acreditar, há que se ter esperança. Se não for assim, o que nos resta...?
Pra você, um forte e carinhoso abraço.
Ola tem selinho para voce no post de hoje la no kriativa. Bjos
Já assinei a petição, assim como pude acompanhar a própria Odele q um dia foi ao programa Melhor do Brasil contar a história da Flávia, Muito comovente.
Big Beijos
Obrigada pelo carinho de retribuir a visita, Odele.
Amigos, vamos assinar a petição online e divulgá-la!
bjos
Eu conheci a história da Odele pelo próprio blog mesmo, mas confesso que passar por lá sempre me deprime. Morro de pena da menina...
Uma lástima mesmo!
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